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ESPETÁCULOS

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 Cartografias (2021)

“Cartografias” é uma obra de improvisação em dança construída a partir do seguinte tripé: investigação de novas formas de territorialidade, intercâmbios à distância entre os artistas convidados e o trabalho com poemas escritos por mulheres indígenas latino-americanas. As apresentações acontecem de forma híbrida: enquanto os bailarinos do Grupo Contemporâneo de Dança Livre realizam sua performance presencialmente, são projetadas imagens de 15 artistas convidados de cinco países da América Latina – Brasil, Costa Rica, Colômbia, México e Peru - dançando e se apresentando simultaneamente. A ideia é promover um diálogo entre o corpo, a cidade, seus cruzamentos e ressignificações através da dança.

O espetáculo também já foi realizado em formato virtual, com os artistas dançando em uma transmissão ao vivo.

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 Acatenango e/ou descomeço (2019)

O trabalho, desenvolvido para espaços públicos é parte das pesquisas do grupo acerca da repetição e degradação de movimento que iniciou com o espetáculo “Orbis Finis” de 2017. O conceito de resistência e suas reverberações neste trabalho iniciam a partir do pensamento das resistências como plurais e incansáveis, nas formas provisórias das forças em luta que desmancham o que já está estabelecido como reinvenções de si e na potência das micro- resistências na sociedade.

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Aristolochia (2018)

O duo “Aristolochia” dos artistas Leonardo Augusto e Socorro Dias é um trabalho que pesquisa as tensões e vibrações do corpo a partir das características de uma espécie de planta de odor forte, aparência hermafrodita e capaz de gerar abortos. Pesquisa corporal realizada a partir da ação de tensão muscular com o objetivo de gerar um corpo vibrante até seu esgotamento físico máximo.

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Orbis Finis (2017)

Resistir. Estar em estado de luta. Reinventar na instabilidade. Desobedecer e gerar mutações. A repetição degrada, desfigura, quebra, desorganiza. Mas as forças jamais se esgotam. O espetáculo discute a resistência do indivíduo em meio às relações de poder e às estruturas de violência e sua capacidade de criar formas de reexistir nos cenários mais conturbados. A pesquisa de movimento do espetáculo dialoga com a ideia de sucessivos “fins do mundo”, eternas sensações de destruição e reconstrução, trabalhando com a repetição e degradação do movimento transformado por sua insistência em permanecer. Uma dança em eterna queda e recuperação.

Queda da própria altura (2017)

A cultura popular brasileira em uma visão contemporânea. A interface entre dois lugares muitas vezes distantes. O resgate de memórias e imagens. O urbano e o rural começam a se encontrar. O Caboclo de lança aparece misturado com o tráfego de ônibus no centro da cidade. O cotidiano e o fantástico podem habitar o mesmo espaço e os possíveis transes de cada espaço podem viver dentro do mesmo corpo. “Queda da própria altura” – solo da artista Duna Dias - evoca o transe de um corpo feminino exposto aos dilemas da metrópole e ao resgate de suas raízes. Uma mulher sempre alerta aos ataques sofridos em seu corpo ao longo das gerações.

M-A-N-S-P-L-A-I-N-I-N-G (2017)

Este solo de Heloisa Rodrigues trata de coisas que somente as mulheres podem explicar.  É um trabalho fruto das inquietações e fadigas a cerca de ser mulher numa sociedade contemporânea arraigada de passado.  Um corpo feminino resiste enquanto justifica para o mundo sua existência, ao mesmo tempo em que se impõe e dança de maneira quase didática uma luta cotidiana em busca de humanização e respeito.

Entulho. Fica. Vai. Impregnado. Urgências. Deixar. Fica. Acumular. Passar. Fica. Fardos. Cai. Volta. Empilha. Vai. Fica

(2016)

Quais são os acúmulos da vida, do passar dos anos? Que fardos e entulhos são empilhados em nosso corpo ao longo dos dias? O que fica em nós? O que deixamos ir? O trabalho de Duna Dias traz um corpo que carrega consigo o peso e a leveza dos dias. Aquilo que está por vir, que insiste em ficar, memórias inventadas. Um corpo em queda, que levita.

Falta de ar (2016)

Os desconfortos, impotências e revoltas do cotidiano. As informações que nos invadem agressivamente. O ódio alimentado pelas prisões impostas. As rupturas. As rachaduras sociais. Os abismos e incoerências. Os golpes. As pancadas. Palavras fragmentadas que se unem aos gritos silenciosos das casas. Fatos e notícias que roubam o ar, sufocam, paralisam. “Falta de ar” é um trabalho de dança que alimenta as necessidades de fala de muitos que permanecem impossibilitados de falar, entorpecidos pelas violências e ilusões da contemporaneidade. É um mergulho nos vazios, exageros e absurdos de nossos dias.

Àporos (2016)

"Áporos" é  um jogo de improvisação para o espaço público sobre corpos em contínuo movimento espiral, rotacional, translacional, circular. Desenhando no espaço, cavando persistentemente novas paisagens mutáveis segundo as regras construídas e desconstruídas instantaneamente nesse jogo dado passo a passo. Referenciais em constante caminhada, interações instantâneas em um fluxo de energia vibrante, apesar de constante. Nessa atmosfera de metamorfose, a insatisfação dos corpos andantes transforma energia, imagem e trajeto em algo passível de diversas metáforas, interpretações e sensações.

Na reta de 4 corpos (2015)

"Na reta de 4 corpos" é um espetáculo para o espaço urbano realizado através de um trajeto em uma única direção, percorrendo 300 metros em linha reta como um cortejo urbanizado. Em contínuo movimento e deslocamento, as cenas iniciam e terminam metamorfoseando as imagens realizadas por nossos corpos em deslocamento pelas grandes cidades.

O fluxo da cidade e dos corpos que retroalimentam nosso processo urbano são o que fazem os corpos que dançam se moverem pela cidade, gerando uma lente de aumento dos movimentos, intensidades, relações e questionamentos estabelecidos e perdidos na agitação das grandes cidades.

Você gosta daqui? (2015)

A performance  "Você gosta daqui? foi desenvolvida em processo colaborativo de pesquisa e criação. Tem como provocador o conto "Casa Tomada" de Júlio Cortázar e o desafio de ocupar uma estrutura metálica de um andaime. Os corpos dialogam no espaço tendo os sons de uma cada em movimento como ambiência sonora.

Sopro (2014)

“Sopro” é uma intervenção de dança contemporânea que dialoga com os sentidos e sensações presentes entre a relação do corpo com o espaço através de uma improvisação estruturada desenvolvida em um processo colaborativo de criação. Essas relações são desenvolvidas a partir de um jogo, onde alguns de seus participantes são privados do sentido da visão e passam a ser vulneráveis aos acontecimentos do ambiente e aos estímulos realizados por todos os participantes.

Giz em pedaços (2013)

Livremente inspirado pelo livro “O jogo da amarelinha” de Júlio Cortázar e realizado a partir de um processo coletivo de pesquisa e criação, o espetáculo “Giz em Pedaços” lida com o absurdo e a vertigem do cotidiano por meio de sutilezas distorcidas que são construídas tanto pelos intérpretes como pelo espectador. O tempo como o espaço vazio entre os acontecimentos se unem ao desespero perante a desorientação gerada pela falta de lógica dos fatos e a incessante busca do homem por alguma coisa. Os intérpretes/ personagens são como pêndulos: peças móveis, formadas por corpos suspensos em um constante vai e vem. Multiplicidade, fragmentação, jogo. Todos podem tentar chegar ao céu.

A Corda (2013)

A performance "A Corda" tem como inspiração os diversos significados e interpretações da presença de uma corda nos sonhos das pessoas (sonhar com uma corda pode indicar a sua necessidade de usar a sua posição e influência para obter o que deseja; sonhar que você está amarrando uma corda indica algo que você esqueceu de fazer). A performance relaciona-se com essas interpretações, com as possibilidades corporais envolvendo uma corda e suas diferentes nuances de ação –tensionar, pressionar, puxar, relaxar, enrolar, moldar, deslocar, arrastar, amarrar - ora promovendo segurança, ora trazendo desequilíbrio.

   

An-gús-tia (2013)

 A performance de dança contemporânea “An-gús-tia”, realizada pela artista Duna Dias, é o início de uma pesquisa corporal sobre as sensações psicológicas de sufocamento, insegurança, ressentimento e dor. 

      A pesquisa corporal desta performance é realizada através de uma intensa busca pelo cansaço físico e de como o cansaço mental afeta o corpo, tanto nos momentos de ansiedade como nos de opressão. Como pesquisa de movimento foram utilizadas as etapas que constituem uma dobradura em papel (origami) de uma flor de Íris – dobrar, abrir, fechar, amassar, formar vincos, repetir, encolher e desabrochar.

De outros lados (2012)

A performance de dança contemporânea para o espaço urbano “De outros lados”  foi livremente inspirada nos encontros e desencontros de Oliveira e Maga no livro “O jogo da amarelinha” de Júlio Cortázar, publicado nos anos 60. As personagens do livro marcavam encontros vagos num bairro em determinado horário. Eles gostavam de desafiar o perigo de não se encontrarem, de passarem o dia sozinhos, metidos em um café ou sentados num banco de praça, mas quase sempre se encontravam, não importando o itinerário que cada um desenvolvia. Eram movidos pela casualidade dos encontros e pelas probabilidades múltiplas.

Percurso (2011)

 

O espetáculo de dança contemporânea “Percurso” aborda as relações humanas e seus ciclos intempestivos relacionando ao percurso de um rio. Essas relações, mesmo subjetivamente, se tornam claras para o público por se tratarem de questões comuns e reais para todo ser humano – a ânsia de viver, o duro golpe da morte sobre o vaidoso desejo humano de se tornar eterno, sua impetuosidade e velocidade de mutação, seus momentos de dispersão e recolhimento.

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